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Este espaço virtual não tem um objetivo específico, mas um ponto de partida. A ideia é reunir o maior número de informações sobre a Saúde Mental e suas ações políticas, sociais, econômicas e culturais do país, do estado e do município e de se formar um canal de comunicação da "Associação Maluco Beleza". Além disso, grandioso como sempre podem ser os nossos sonhos, ele se propõe um lugar de (re)descoberta, (re)encontro e trocas infinitas. Num movimento coletivo e genuíno de fortalecimento de pessoas. Movimento este, circular. Então venha e participe de uma alegre brincadeira de roda, uma boa roda de conversa, uma linda mandala e tudo aquilo que se quiser criar!

domingo, 8 de agosto de 2010

O FAMILIAR É UM EQUILIBRISTA

São Vicente, 02/08/2010

Muitas vezes, existe uma insustentável leveza do familiar, poderíamos dizer até, insustentável leveza do ser - humano. É muito sutil essa relação e, quem não a vive, não sabe. É tênue, é desfocada, não tem um ponto fixo, é como se andar à noite, às apalpadelas, numa casa sem luz. O familiar precisa ser um equilibrista “caía a tarde feito um viaduto/ e um bêbado trajando luto/me lembrou Carlitos”. Como nos equilibrar? Porque, sempre estamos em desequilíbrio. O equilibrista assume um risco calculado, assim, se o arame balançar, o equilibrista tem que assimilar o balanço. O arame e o equilibrista têm que se tornar um só, numa simbiose. Nosso dia-a-dia tem muito a haver com o equilibrista, com o equilíbrio e com o equilibrismo “a esperança dança/na corda-bamba de sobrinha” e, quem nunca andou no arame da doença mental, jamais conhecerá essa experiência única. Fica óbvio que o arame e a doença mental são uma única coisa, assim como, o equilibrista é o familiar, e este, estará sempre, à mercê do arame. Precisamos sempre ter uma rede, pois, é arriscado “e em cada passo dessa linha/pode se machucar”, extremamente arriscado. A rede é da maior importância. Acreditamos em nossas habilidades como equilibristas, mas, se pisarmos em falso, não nos esborracharemos no chão, pois temos que confiar que, existe uma rede de proteção “a esperança equilibrista/ sabe que o show de todo artista/tem que continuar”...

Geraldo e Dulce

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