O belo e o verdadeiro.
A poesia e a ciência...
Os relatos que fazemos, sobre tudo o que rola neste grupo: drogas, psicose, ditadura, etc., são relatos de personagens reais, que dignificam o ser humano. Muitos desapareceram, sumiram da vida. Outros não morreram, porém... não existem mais. Vagam pela vida, destruídos psicologicamente, perdidos, andando, de lá prá cá, sem eira nem beira. Uma energia vital, que um dia, existiu, mas, que foi-se apagando, se apagando, até sua destruição total.
Como não se pensar no psicótico? Como não se pensar no usuário, pesado, de drogas? Como deixar de pensar no crack? O que sobra para eles? NADA, salvo a medicação ou... uma pedra e, talvez, algum envolvimento nosso, mas, como sempre, muito exíguo, pequeno, insuficiente, querendo ajudar, mas, absolutamente impotentes pela situação, tão acima das nossas possibilidades e das nossas forças. Como uma erupção vulcânica, trágica e destruidora, mas, ao mesmo tempo, deslumbrante e bela. É assim que vemos a doença mental grave e, é assim que vemos, também, o crack. Uma erupção humana, fantástica, sem limites, incontrolável e, no mesmo instante, bela e trágica, tão próxima de nós e, ao mesmo tempo, tão distante, mas, verdadeira e humana, demasiadamente humana. Talvez, a fuga, o escape, a forma de esquecer a dor, a angústia e o desespero dos inconformados, dos desesperados, dos que sonham e dos que deliram, dos que procuram em vão, uma saída desse mundo cinza, medíocre onde são obrigados a viver. Sem crenças, sem acordos, sem intermediários, sem negociar com ninguém sua possível salvação. Felicidade? Afinal, o que é isso? Serve para que? Ser feliz ou infeliz, nada mais é, do que uma sensação, nada mais. O que nos destrói é a nossa própria culpa e, em razão dela, esse voluntarismo exacerbado em querer salvar nosso semelhante, qualquer semelhante. Lamentável, apenas, é que a droga ou a psicose, acabem por anestesiar tudo o que de mais forte e revolucionário existe dentro do jovem: SUA INDIGNAÇÃO, a “energia da indignação”, apontada por Reich. Ajudar é o que desejamos, mas, como, se não estamos nas mesmas condições deles? Só com nossas intenções, vontades e desejos? Será que eles poderia encontrar junto de nós, a salvação? Será? Quem somos nós, que nada sabemos? Como minorar esse sofrimento, que só encontra saída, na psicose e na droga? Será a ciência a salvação deles? A medicina, a psiquiatria, a psicologia e todas as demais “logias” serão o caminho da salvação? Será? Será que torná-los hipocondríacos os libertará, os salvará? Essas preocupações são apenas nossas, não são deles. Eles querem, apenas, viver. Será que a medicina tem amor ao próximo ou, seu amor é dedicado somente à ciência, como muitas pessoas que amam, mas não, ao seu semelhante, amam somente o amor? Quantos anos levamos para morrer? Quem sabe? Eu já levei 77 e, estou ainda, por aqui.
Que o humor e a solidariedade, jamais nos abandonem.
O que é mais importante, o belo ou, o verdadeiro?
A poesia, ou a ciência?
Geraldo
Criada em 1993, é uma associação sem fins lucrativos dos usuários e familiares dos CAPS do município de São Vicente.
Entre e fique à vontade!
Este espaço virtual não tem um objetivo específico, mas um ponto de partida. A ideia é reunir o maior número de informações sobre a Saúde Mental e suas ações políticas, sociais, econômicas e culturais do país, do estado e do município e de se formar um canal de comunicação da "Associação Maluco Beleza". Além disso, grandioso como sempre podem ser os nossos sonhos, ele se propõe um lugar de (re)descoberta, (re)encontro e trocas infinitas. Num movimento coletivo e genuíno de fortalecimento de pessoas. Movimento este, circular. Então venha e participe de uma alegre brincadeira de roda, uma boa roda de conversa, uma linda mandala e tudo aquilo que se quiser criar!
2 comentários:
Texto denso...
Necessário silêncio,
pois as palavras calaram
Fundo.
Nessas eleições, para que, obrigatoriamente, o povo votasse escolhendo seus supostos representantes para os cargos de Deputados (estaduais e federais), Senadores e Presidente e vice-presidentes da República Federativa dos Estados Unidos do Brasil e, com fundamento no Pleito Eleitoral e no Escrutínio Secreto para que as instituições, posteriormente, passassem a gozar, perante o próprio povo, o privilégio de órgãos nacionalmente referendados por ele, a maioria, e com suas leis, quando criadas, legalmente respaldadas no princípio constitucional alegando que “todo poder provêm do povo, mas que é exercido por seus representantes legais”, lembrei-me, enquanto saía de minha residência para minha Zona Eleitoral, do grande escritor russo Leon Tolstoi..........................
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